Um dos maiores medos que empresários possuem é de encerrar as atividades da empresa e, consequentemente, pôr fim ao sonho de empreender e mudar vidas.
Em tempos de pandemia, aliás, a crise financeira empresarial tem sido cada mais evidente. Dívidas acumuladas, riscos ao patrimônio de familiares e dos sócios, dentre outros obstáculos, são possíveis de serem observados
No entanto, você já reparou que diversas empresas estão se reerguendo, aumentando o faturamento, nunca visto antes?
Por tal motivo, com objetivo de auxiliar você, empresário, criamos um conteúdo específico e completo, não deixe de conferir.
Motivos da crise financeira: como identificar as causas, avaliar as alternativas e executar novas estratégias?
O primeiro passo para mudança e tomada de decisões, em prol do seu negócio, é reconhecer a crise financeira empresarial. Mas como fazer isso? Entenda.
- Identificando causas
Inicialmente, será importante fazer um check up da empresa por inteiro, ou seja, conferindo detalhadamente cada setor, a fim de averiguar quais são os motivos que estão levando o seu negócio para o negativo.
Você pode começar pelo financeiro, por exemplo, realizando uma auditoria de todos os valores que entram e que saem da empresa. Sejam fornecedores ou clientes, é importante entender e investigar onde estão as falhas e o que pode ser melhorado.
Alguns questionamentos a serem investigados:
- Qual é o ativo (saldo positivo) e passivo (saldo negativo) da empresa;
- Dívidas existem? Quais e o que são?;
- Faturamento: está de acordo com o esperado? É possível melhorar?
Seguindo adiante, restando claros as perguntas sugeridas acima, é importante continuar a auditoria para os demais setores da empresa, como a gestão (relação com clientes, vendas, controle financeiro e administrativo), a área trabalhista, tributária, dentre outras.
É necessário, portanto, que você entenda como está de fato a empresa e porque está em crise.
A partir de então, passa-se ao segundo passo.
- Avaliando as alternativas
Após os esclarecimentos sobre a realidade da empresa, será importante avaliar quais alternativas para melhoria e recuperação do negócio.
Vale lembrar que a corporação está em crise, e a manutenção e/ou investimento em novos gastos deve ser decidida com muita cautela.
Ou seja, é preciso colocar no papel quais foram as falhas que contribuíram e/ou motivaram a crise financeira empresarial.
Alguns questionamentos que você pode ter em mente:
- Como posso fazer para reduzir dívidas e retirar a empresa da crise financeira?
- Como posso melhorar a gestão do negócio e aumentar o faturamento?
- Em que área eu posso investir para obter resultados que contribuam neste momento difícil?
Considerando tais questões, você poderá buscar com mais clareza novas estratégias, cujo objetivo é sair da crise.
- Executando novas estratégias
A execução das conclusões que você chegou avaliando alternativas são cruciais, pois sem atitudes não há mudanças, não é mesmo?
Agora é o momento de executar. E como fazer isso?
É essencial que você busque um bom planejamento para sair da crise financeira. Por ser um momento delicado e que exige redução de custos, é imprescindível que a melhor opção seja priorizada.
Um advogado especialista na área consultiva empresarial poderá lhe auxiliar nessa jornada, inclusive, prevenindo que novos problemas jurídicos ocorram futuramente, como por falta de pagamento de dívidas.
Aproveitando o gancho, renegociar dívidas com fornecedores, parceiros ou clientes, é uma das estratégias que devem ser executadas de início. Quanto mais longe do negativo você estiver, mais fácil verá o resultado.
Aumentar o faturamento é também uma estratégia que deve ser vista como prioridade, pois, com o crescimento dos rendimentos, a empresa se afasta do saldo negativo, evitando que o patrimônio pessoal dos sócios e familiares seja atingido futuramente.
Mas como um planejamento empresarial pode ajudar empresas em crise?
O planejamento empresarial, conforme mencionamos acima, é imprescindível para o alcance de resultados e retirada da empresa em crise.
Um profissional capacitado pode lhe auxiliar nesta etapa, tendo em vista que não é simples analisar setor por setor da empresa, averiguando as falhas existentes e é por isso que recomendamos a busca por um especialista compatível às suas expectativas.
Voltando ao assunto, o planejamento será responsável para prevenir e reparar riscos.
Assim, desde o primeiro passo, identificando causas, até agora, você buscou esclarecer o motivo da crise financeira, esmiuçando cada setor do negócio, para o fim de executar medidas.
Por meio de um planejamento, será possível adotar as melhores medidas para prevenir que as falhas sejam mantidas, bem como que práticas inovadoras sejam implementadas, acompanhando o mercado, aumentando os rendimentos, principalmente por meio de uma boa gestão.
4 soluções jurídicas para sair de uma crise financeira empresarial
Além do planejamento administrativo (interior da empresa), é necessário destacar que as soluções jurídicas têm grande relevância, uma vez que na maioria das vezes, são essenciais para sair de uma crise financeira empresarial.
Para te ajudar, destacamos 4 soluções possíveis de serem adotadas:
- Reorganização societária.
A reorganização societária é a alteração da estrutura de uma organização.
Antes de explicarmos, é importante que você tenha clareza do modelo do seu negócio e qual é o objetivo e meta a ser atingido (a). Isso fará diferença no momento de reestruturar o estilo societário da empresa.
Pois bem. Muitas empresas têm grande dívidas, em razão da modalidade tributária da pessoa jurídica escolhida. Ou seja, o quanto deve ser pago de impostos depende do tamanho e estrutura societária.
A responsabilidade patrimonial dos sócios, por exemplo, também será distinta a depender de cada organização societária. Entende a importância de um planejamento?
Desta forma, a modificação da estrutura poderá limitar a responsabilidade do patrimônio da empresa e dos próprios sócios (um dos maiores medos durante a crise financeira empresarial).
A depender do objetivo, a empresa pode ser unida (fusão) ou incorporada (incorporação) com outra. Também, se for o caso de reduzir a organização, a modificação da modalidade tributária tem relevância.
Recomenda-se que você esteja amparado por um advogado especialista no ramo empresarial, pela complexidade das medidas a serem tomadas.
- Renegociação judicial de contratos.
Judicialmente, é possível iniciar tentativas de revisões ou renegociações de contratos, quando não existe a possibilidade de resolução amigável.
Importante ressaltar que existem diversos casos passíveis de revisão judicial de contratos, como para reduzir incidência de juros por dívida ainda não quitada ou para revisar alguma cláusula eventualmente abusiva, o que pode beneficiar a diminuição dos débitos da empresa.
- Recuperação Judicial
Existe a possibilidade de superar a crise financeira empresarial, na hipótese de não haver solução efetiva após a execução de estratégias e de um planejamento, que corresponde à recuperação judicial.
A recuperação judicial é uma alternativa para que a empresa não declare falência e encerre suas atividades.
Esta medida permite que, judicialmente, a empresa consiga se reerguer mediante benefícios concedidos por lei, a fim de manter a continuidade do negócio, renegociando dívidas com credores, fornecedores e etc, dentre outros benefícios, cujo objetivo principal é recuperar a crise financeira empresarial.
Dessa maneira, é possível reduzir ou até mesmo extinguir o passivo da empresa (saldo negativo), mantendo as atividades e executando formas para aumentar o faturamento, por exemplo, conforme mencionamos no início deste post.
Neste período, as pessoas que possuem um crédito devido pela empresa, ficam em uma fila em ordem de preferência estipulada por lei e, aos poucos, os débitos vão sendo pagos.
O pedido de recuperação judicial dá início a um processo burocrático no qual devem ser cumpridos prazos processuais e, ainda, o juiz deve autorizar o processamento do plano apresentado pela empresa, se os requisitos da lei estiverem presentes.
Importante: A partir do dia que o juiz deferir o processamento da recuperação judicial, as ações e execuções judiciais em andamento ficarão suspensas por até 180 meses, propiciando um momento de fôlego à empresa para retomar as atividades e superar a crise.
- Recuperação Extrajudicial
De outro lado, é possível que a própria empresa em crise entre em contato com os credores que possuem algum crédito pendente para apresentar um plano de recuperação, desde que observados os requisitos da lei.
Assim, não será necessário ajuizar um processo judicial, arcar com custas e despesas processuais para iniciar a fase de superação da crise financeira empresarial.
Mas lembre-se: um advogado especialista é importantíssimo para o sucesso destas resoluções, pois possui conhecimento técnico para lhe orientar sobre as melhores medidas a serem tomadas, tanto preventivas quanto reparativas.
3 soluções judiciais para evitar a crise financeira empresarial
Por fim, entendemos importante te passar algo valioso: 3 soluções judiciais para evitar a crise financeira corporativa.
- Planejamento jurídico para evitar passivos trabalhistas
Novamente, não cansamos de repetir, planejamento jurídico é sinônimo de resultados eficientes.
Uma das maiores dívidas que motiva a falência de empresas diz respeito às verbas trabalhistas. Em muitos casos, mesmo que a empresa evite ao máximo demitir ou reduzir os salários dos funcionários, é comum permanecerem dívidas altas por falta de orientação jurídica.
Ou seja, por descumprimento das leis, não raras vezes os antigos funcionários entram na justiça para requerer o que entendem de direito. O planejamento jurídico irá evitar e reduzir (extinguir) os riscos destas demandas.
- Área de Compliance
O Compliance nada mais é que um planejamento completo para fins de prevenir riscos nas diversas áreas de uma organização.
A tributária, trabalhista, gestacional, financeira, administrativa. São áreas estas que o profissional especialista irá adequar e planejar evitando riscos e prejuízos futuros.
- Planejamento Tributário
E por fim, não menos importante, o planejamento tributário.
Destacamos em momento anterior que a estrutura societária tem grande relevância para evitar (ou ajudar a superar) uma crise financeira empresarial.
Isso porque os impostos devidos por uma pessoa jurídica ao poder público são altos e, a depender da estrutura societária, podem levar a uma crise, quando não há o planejamento correto.